ISTAMBUL - MESQUITA AZUL, BASÍLICA DE SANTA SOFIA E PALÁCIO TOPKAPI

Bom dia Istambul!
Meu amado marido me arrancou da cama pelos cabelos acordou bem cedo, pois estava empolgado e não queria perder um só minuto de um dia ensolarado e diabolicamente quente. Café da manha tomado, me olhei no espelho e quis morrer, pois as malas continuavam mais perdidas que cego em tiroteio e eu só tinha um camisão decente e uma havaiana. 
Devido as 18 horas de voo meu pé parecia a cara do homem elefante...em resumo, não entraria num sapato, mesmo que eu tivesse um disponível! Mas, uma vez pronta pra aventura, que se dane a vaidade...fui de chinelo mesmo!
E lá fomos nos juntar ao grupo de brasileiros que ficariam conosco pelos próximos 10 dias (eles que rezassem a Alá para que eu não os fizesse pagar mico!). Não gosto muito de viajar com mais gente, mas o que são 10 dias? Depende....com o Brad Pitt pode ser o céu. Com o Tiririca, nem tanto! Comigo? Nem vou comentar...
Falemos da cidade então....única do mundo situada em dois continentes, asia e europa, Istambul (antiga Bizâncio e Constantinopla) é a quinta maior do mundo, com 13.120.596 habitantes. Fora os turistas, que infestam aumentam consideravelmente a população praticamente o ano inteiro. 
Detalhe interessante: já tinha gente morando aqui no período neolítico, cerca de 6.500 A.C....dá pra acreditar? Claro que deviam se esconder dos tigres dente de sabre morar em ocas de barro e pelados, mas tá valendo!

Primeira parada, Mesquita Azul.
Também conhecida como Mesquita do Sultão Ahamed, foi construída entre 1.609 e 1.616 e fica bem em frente a Basílica de Santa Sofia, separados apenas por um jardim muito fofo, com uma fonte enorme. Essa Mesquita é a única que têm 6 minaretes ou almádenas, lugar onde os almuadem anunciavam as cinco chamadas diárias à prece. Se depender de reza, ninguém naquela terra vai pro inferno...rs!

Portão principal da Mesquita azul.

Ingresso comprado, local de encontro marcado com o guia que sequer se desculpou pelo canos do dia anterior super prestativo só se for para as negas dele adentramos à famosa Mesquita.
Logo de cara, um lugar cheio de torneiras para o povo lavar os pés...mas pergunto: se a gente entra descalço, não seria melhor o lava pés ser instalado na saída? Mistérios asiáticos...
Mas, em terra de sapo, de cócoras com eles! E lá fomos nós higienizar as patinhas.

Confesso que com o calor 
senêgales que estava fazendo, uma aguinha gelada até que caiu bem...por motivos de economia mão-de-vaquice aproveitei e enchi minha garrafinha de água! Pouco indicado consumir água que não seja comprada numa garrafa lacrada, mas por 10 liras turcas pela garrafa, eu preferiria atravessar o deserto à seco!
Patas limpas e enfim, lá fomos nós ver a beleza azul!

 

De fato, a Mesquita azul faz jus a esse nome! Logo cedo, com o sol entrando pelos vitrais você se sente flutuando no azul celeste! Os mosaicos de IZNIK tem um tom de azul impressionante e conferem ao lugar uma atmosfera especial.

Vale lembrar que para entrar a gente precisa tirar os sapatos e (desnecessário dizer) cobrir as partes desnudas do corpo.
Passeio pouco indicado para piriquetes sem termostato natural calorentas!

Após apreciar o interior, fomos dar uma volta no pátio.

Gazebo no patio interno.

Detalhe da arquitetura Islâmica no alto do Minarete.

Saída pela lateral esquerda da Mesquita.

Escondidinho atrás da árvore, meu marido tomava seu OITAVO sorvete do dia....Visita terminada, e dentro do cronograma, partiu Basílica de Santa Sofia, afinal era uma curta caminhada de mais ou menos 150 metros...seria rápido!

Vai ter essa sorte!!!! Fomos parados de 5 em 5 metros por vendedores de todo tipo de bugiganga...sapatos de palhaço Zequinha odalisca, olho turco contra mal olhado, estatuetas de são jorge, agua (pela hora da morte)...enfim,  uma verdadeira corrida de obstáculos! Depois de desviar de tudo isso, chegamos à Basílica de Santa Sofia..ufa!

Dica: sempre que vocês forem visitar muitas atrações no mesmo dia, ou mesmo lugar, sempre fotografem os ingressos. Assim fica mais fácil lembrar de tudo, principalmente se usarem a mesma maquina fotográfica.

O jardim da Basílica é muito bonito, mas esse gazebo no meio dele merece total destaque!

Construída no século VI, a Hagia Sophia, que significa "Sagrada Sabedoria", foi a maior igreja do mundo até 1453, quando virou uma mesquita.
Impressiona tanto pelo tamanho quanto pela arquitetura, iluminação e mosaicos bisantinos. 
 
Com um domo simplesmente deslumbrante, é considerada a epítome vulgar tampa de Krush da arquitetura bizantina! Logo de cara nos deparamos com esse mosaico em vidro, pedras e brilhantes, que representa a visitação dos reis magos ao Menino Jesus.

Os enormes lustres parecem pairar magicamente no ar...lindos de viver!

Altar principal.

Mais mosaicos fantásticos....detalhe: as pedras são de OURO MESMO!!! Um luxo sem par...

Não disse que as luzes são um espetáculo à parte????

E agora a cereja do bolo: a fachada da Basílica:

Sob o céu de Istambul, podemos ver os minaretes da antiga igreja, que hoje é um museu. E como eu já havia comentado, o jardim na praça frontal fica lindo, mesmo no outono!

Tarefa dada, tarefa cumprida...com o roteiro ligeiramente apertado, corremos novamente nos desviando dos ambulantes que brotavam do chão para a ultima atração do dia: o Palácio Topkapi.
Em turco o nome quer dizer "porta do canhão".
Construido em 1453 ( nós, aqui no Brasil ainda nem pensávamos em trocar espelhinhos com os portugueses) foi a "modesta" residência dos sultões otomanos e seus haréns por mais de três séculos. 

Como sempre, ingresso na mão para evitar filas, lá fomos nós. Lá não tem essa mamata de aposentado moleza para velhinhos...fila é fila!

Sua entrada lembra os palácios que a gente via em desenho animado, com as muralhas e as torrezinhas laterais e bandeirinha...mas não se enganem! O interior é de uma riqueza impressionante!



Abaixo o detalhe dos entalhes do Portão da Saudação. só por curiosidade, só os Viziris e funcionários importantes eram autorizados a passar por esse portão montados a cavalo! Seria o equivalente a entrar de Ferrari pelos portões da Casa da Dinda....hahahahha!!!

Essa entrada aparentemente humilde esconde um dos maiores palácios do mundo, com 75 hectares de tamanho! Só os muros que o circundam, totalizam 5 kms lineares...ou seja, pra entrar, só quem os guardas autorizavam. Ou fazendo amizade com o homem-aranha!

Lareira...ou a maior churrasqueira que eu já vi na vida!

 A arquitetura islâmica do Palácio, realmente é de tirar o fôlego!

Confesso que vi nunca vi tanto dourado em toda minha vida exceto na penteadeira de uma tia-avó pirua que tinha má fama mas aparentemente os sultões e suas concubinas eram chegados num luxo!


Mas sem sombra de dúvida o lugar mais agradável foi no Quarto Pátio (tinha mais de meia dúzia de pátios....cada um com nome e sobrenome!!!) de onde se pode ver o Bósforo e os navios de luxo que ancoram diariamente e vomitam desembarcam um bando de gente endinheirada que inveja do carvalho!  O lugar, debruçado sobre as aguas do Mar de Mármara, o estreito do Bósforo e o Chifre de Ouro ( tá bom , confesso que tambem morri de rir com esse nome!) nos presenteia com uma brisa fresca e perfumada.

 Essa é a entrada do Edifício do Tesouro Imperial (Hazine), uma construção com duas cúpulas e abriga, claro, uma exposição dos tesouros do império otomano.
Vale a pena ver, são peças de uma riqueza de detalhes impressionantes. Não permitem fotos...sorry!

Aqui pode-se ver as chaminés dos fornos reais. Nosso guia não soube dizer quantos pães eram feitos por dia, mas faço uma ideia...

  
Nessa altura do dia, mais de 4 horas da tarde e ainda não havíamos comido nada...depois de camelar, camelar e camelar o dia todo, eu realmente merecia uma cerveja gelada.
 Nos espalhamos pelas almofadas gigantes do café sentamos confortavelmente minhas costas doem até hoje e pedimos sanduíches e cerveja.

Claro que não serviam cerveja...
Fui obrigada a repetir a experiência do Haki, mas dessa vez tomei só duas doses. O suficiente pra relaxar mas não o suficiente para fazer a dança do ventre em cima das mesas que eles reservam só para os metidos a besta dos navios.

Saindo do Palácio fomos conhecer também o antigo hipódromo, que fica na mesma região, na Praça Sultão Ahmet. Hoje não existe mais, porém mantém o formato original.
Constantino e os demais sultões que vieram após ele trouxeram vários monumentos para Istambul, dentre eles o obelisco que enfeita a praça.
Veio do Templo de Karnak, em luxor, e é um luxo só trocadilho infame!
Para transportar o bruto, no ano de 390 pelo Imperador Teodósio teve que ser dividido em três partes e hoje só existe a parte mais alta as outras duas devem ter dado de comissão aos egípcios, tal como nossos políticos ao fazerem obras publicas.
Fica sobre um bloco de mármore, super bonito e cheio de entalhes!

Após um delicioso lanche, Haki e sorvete, nos reunimos ao nosso grupo para um tour de ônibus pela cidade....mas isso, tambem conto depois!